O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), usou a sua conta no X, o antigo Twitter, para repercutir uma reportagem do jornal O Globo e confirmar a intenção de concorrer às eleições internas para a presidência do PT.
A decisão de Quaquá acontece durante um racha interno na corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a principal da legenda, onde o ex-prefeito Araraquara, Edinho Silva (PT), também disputa a liderança do partido, com o apoio do presidente Lula (PT-SP).
Na publicação, Quaquá afirma que pretende revitalizar o partido, continuando um processo iniciado pela ex-presidente Gleisi Hoffman (PT-RS), que deixou o cargo no partido para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da presidência da república, em março.
“Sou candidato à presidência do PT para fazer o debate político e garantir a revitalização do partido, processo iniciado com a ex-presidente Gleisi Hoffman, companheira que sempre foi muito leal ao presidente Lula”.
Além disso, o prefeito de Maricá, que não costuma ser econômico na sinceridade ao colocar suas opiniões, afirmou que quer o partido mais próximo do povo, e criticou Edinho Silva, que, segundo ele, “não sabe o que é povo”.
“Quero um PT popular, dentro das favelas de todo o país. Edinho nunca sujou os sapatos numa comunidade. Não sabe o que é povo. Além disso, não tem condições de unificar o partido e não terá o meu apoio. Quero ser presidente do PT para unir a CNB e o maior partido de esquerda do Hemisfério Sul”, escreveu Quaquá, nessa quinta-feira, 10.
O gestor elogiou ainda o trabalho realizado pela ex-presidente do PT, Gleisi Hoffman, na recondução de Lula à presidência da república, na vitória sobre Jair Bolsonaro (PL-RJ), nas eleições gerais de 2020, no 2º turno.
“Gleisi teve papel fundamental na construção da vitória e recondução de Lula à presidência da república. Vou para essa batalha com a missão de devolver ao partido sua vocação histórica, que é estar ao lado do povo e dos mais humildes nas suas lutas e necessidades”, disse Quaquá.
Com o anúncio, Quaquá se torna o 5º nome na disputa pela presidência interna do PT, que terá, além de Edinho Silva, o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), o historiador Valter Pomar (PT-SP), líder da corrente “Articulação de Esquerda”, e o secretário de Relações Institucionais do partido, Romênio Pereira (PT-MG).