Com muita festa, a União de Maricá definiu, nesse fim de semana, o samba-enredo vencedor da grande final e que vai representar a escola no Carnaval 2026, para a disputa do tão sonhado título da Série Ouro, que garante o acesso ao Grupo Especial em 2027.
Parceria de Babby do Cavaco, Rafael Gigante, Marcelo Adnet, Hélio Porto, Jefferson Oliveira e André do Posto, o samba vencedor será a trilha sonora do enredo “Berenguendéns e Balanagandãns”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira.
A eleição aconteceu na madrugada do último sábado, 30 de agosto, com uma linda festa na quadra da escola, que recebeu grande público para acompanhar a apresentação das finalistas.
Além de representar a escola na Marquês de Sapucaí, a parceria vencedora faturou a premiação de 100 mil reais, o maior valor já pago pela escola de samba, além de ser o maior também entre todas as escolas da Série Ouro no ano que vem.
O evento contou ainda com shows do Grupo Clareou e do cantor Nego Damoé, que animaram a galera durante toda a noite, até o momento do anúncio da escolha do samba-enredo, tudo com entrada solidária e arrecadação de alimentos não perecíveis.
A União de Maricá será a 6ª escola a desfilar no próximo dia 14 de fevereiro de 2026, sábado de Carnaval, quando a escola tenta o título do antigo Grupo de Acesso, para chegar pela 1ª vez em sua história à elite do Carnaval do Rio.
Para quem quiser conferir a canção vencedora, e um pouco da festa do último fim de semana, a Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) União de Maricá tem um canal no YouTube, pelo link, https://www.youtube.com/watch?v=1Z_jXdE8EU4, onde é possível ver flashes dos shows do Grupo Clareou e de Nego Damoé, além de ouvir o novo samba-enredo para 2026, cuja letra segue abaixo.
Nêga da ladeira do Pelô
Tens o som de Salvador
E a magia que fulgura
Revolucionar é seu papel
E a arte do cinzel
Tu carregas na cintura
Junto ao tabuleiro nas manhãs
Há o sonho das irmãs que anseiam liberdade
Ecoa toda Nzinga de Matamba
A mandinga e a demanda
Realeza, identidade
Balanço que lembra meu adarrrum
Na armadura de Ogum, memória ancestral
Adorno que guardo no meu ilê
Herança dos Malês
É forja do metal!
Santa luz da rebeldia que moldou o livramento
Somos jóias da princesa, filhas do empoderamento
Penduricalho, que te entrego de lembrança
Guarda a fé, o fogo e o talho, resplandece a esperança
Eu peço aos meus orixás
E entrego todo axé
A nega pode e vai ter o que quiser
Tantas pretas consagradas
Meu espelho com orgulho
E a quem renega a mulherada:
Vá dormir com esse barulho!
Balangandãs, berenguendés
Canta Maricá o que a baiana tem
Pertencimento que reluz no amuleto
Claro, tinha que ser preto!