O Teatro Municipal Mário Lago, em Saquarema, recebe, nesse fim de semana, o espetáculo teatral “Quebrando Paradigmas”, da jovem diretora Gizelly de Paula, que estreia nessa sexta-feira, 26, a partir das 19h.
Com sessões também nesse sábado e domingo, dias 27 e 28, sempre às 19h, a peça, que tem texto e atuação de Lucas Poeta e realização da Confraria do Impossível, aborda temas como identidade, resistência e emoção.
A obra revista a história brasileira a partir da experiência de um jovem negro que cresceu em uma comunidade da periferia, misturando teatro, poesia, música e reflexão, como conta o idealizador, dramaturgo e ator Lucas Poeta.
“Esse é um país construído por pessoas que a gente desconhece. Sendo assim, ao trazer narrativas em que negras e negros são protagonistas, nós estamos criando novos pensamentos”, afirma Lucas Poeta.
A peça foca na conexão entre o protagonista e sua história, mostrando uma quebra de paradigmas ao descortinar o esquecimento, a ignorância imposta, e buscando expandir as possibilidades e incentivar o público a trilhar novos caminhos.
De acordo com a diretora Gizelly de Paula, o espetáculo é sobre expansão a partir da busca por ampliar perspectivas, colocando debaixo do holofote a força de vozes que foram silenciadas, mas que ainda ressoam através do tempo, construindo novas possibilidades de entendimento e liberdade.
“Ainda que silenciadas no passado, essas vozes deixaram suas marcas, e é por isso que estamos em cena hoje. Evocar essas vozes nos permite caminhar mais livres, pois a ancestralidade nos aponta o caminho adiante. Nunca é para o agora; é sempre para o futuro”, explica Gizelly de Paula.
Segundo a produção, a peça celebra os 15 anos da Confraria do Impossível, que há uma década e meia se dedica a fortalecer o legado do Teatro Experimental do Negro (TEN) e a criar espaços de reconhecimento e valorização das vozes negras no teatro brasileiro.
Além disso, o espetáculo faz parte das comemorações pelos 80 anos do TEN, fundado em 1944, no Rio de Janeiro, pelo ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor, ativista e ex-senador Abdias do Nascimento, que revolucionou as artes brasileiras e cujo legado inspira gerações.
A peça conta ainda com produção associada de André Lemos, direção de produção de Wayne Marinho, direção musical de Beà Ayòóla, direção de movimento de Marili Stefany, figurino de Carla Costa, iluminação de Rommel Equer e Maurício Fuziyama, cenário de Fael di Roca, e preparação vocal de Adriana Micarelli.
A identidade visual é Giulia Santos, que também é responsável pelas redes sociais ao lado de Jennifer Oliveira, com assessoria de imprensa da Monteiro Assessoria, e fotos e vídeos de Jennifer Oliveira, que repete a dupla com Giulia Santos na edição de vídeos.
O espetáculo tem ainda assistência dramatúrgica de Gabriela Nascimento e Patrícia Regina, com fotografia e filmagem de Bia Mercês, produção executiva de Camila Mendonça e Fernanda Oliveira, cenotécnico de Tarso Gentil, operação de luz de Domingos, e operação de áudio de Fernanda Oliveira, com assessoria jurídica de Bruno Sankofa, e parceria do Teatro Chica Xavier e Terreiro Contemporâneo.
O Teatro Municipal Mário Lago fica na Rua Coronel Madureira, 77, térreo, na sede da prefeitura, no Centro, e a classificação indicativa é de 12 anos, com ingressos vendido no site da Sympla (CLIQUE AQUI) pelos valores de 20 reais (inteira) e 10 reais (meia).
“O espetáculo também integra o edital Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc. A Confraria do Impossível, por meio desse patrocínio, visa propagar o legado das artes negras e construir, junto com o público, uma nova compreensão do Brasil”, completa a produção.
