O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), voltou às manchetes dos principais jornais do país nessa semana, mas muito longe da área da polícia, ao afirmar que poderia comprar a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Vasco da Gama.
A intenção foi anunciada em entrevista ao jornalista Thiago Prado, do jornal O Globo, nessa quarta-feira, 2, às vésperas da estreia do Cruz Maltino na Copa Sul-Americana, em que ficou no empate em 3 a 3 com o Melgar, do Peru.
Segundo Quaquá, os recursos para uma eventual proposta viriam do fundo soberano do município, que é abastecido pelo dinheiro dos royalties do petróleo, e que, atualmente, estaria na casa dos 2 bilhões de reais.
Para efeito de comparação, quando a SAF do Vasco foi vendida para a empresa norte-americana 777 Partners, em fevereiro de 2022, o acordo previa o pagamento de 700 milhões de reais por 70% do futebol do clube, dividido em 4 partes.
Vascaíno assumido, Quaquá já estaria, inclusive, planejando uma reunião com o ex-jogador do clube, Bismarck, para que ele faça “uma ponte” entre o prefeito de Maricá e o presidente do Vasco, o também ex-jogador, Pedrinho.
No último dia 13 de março, o jornalista Diogo Dantas, também de O Globo, revelou que a situação entre o clube da Zona Norte do Rio e a empresa norte-americana ainda segue em litígio, após adiamento do julgamento da liminar que avalia um recurso da 777 contra a decisão que mantém a SAF do Vasco sob controle do clube associativo.
A situação se estende desde maio de 2024, quando a Justiça do Rio aceitou pedido do Vasco e concedeu essa mesma liminar, que suspendeu o contrato da 777 Partners, devolvendo o controle do futebol para o clube, resultado de uma guerra de bastidores que já se desenrolava há meses.
Nessa semana, na entrevista a O Globo, Quaquá não tocou no assunto, mas reforçou a ideia de comprar a SAF do Vasco em uma publicação do X, o antigo Twitter, onde é bastante ativo, com uma publicação nessa madrugada.
“Se o Vasco topar, eu vou mandar fazer um estudo sério! Ganho de imagem para a cidade e monto o maior centro de formação de jogadores do país! Em 10 anos, tira brincando o investimento”, escreveu o prefeito de Maricá.
Além disso, a cidade comprou, recentemente, uma leva de 10 projetos assinados pelo célebre arquiteto Oscar Niemeyer, entre eles um para a construção de um estádio de futebol com capacidade para 36 mil pessoas, que abrigará o clube da cidade.
De acordo com o prefeito, o Tsunami, como é conhecido o time que estreou na 1ª divisão estadual nesse ano, e se prepara para a estreia na Série D do Brasileirão, no próximo dia 13 de abril, passaria a mandar seus jogos no novo estádio a partir de 2028.
“O Maricá vai virar uma espécie de América, com o tempo. O 2º clube dos torcedores do Rio. O estádio vai encher”, acredita Quaquá.
