Desde o início da gestão do prefeito Washington Quaquá (PT), a proposta de reduzir custos tem gerado preocupação entre os servidores municipais de Maricá. Uma das medidas declaradas pelo prefeito é o corte do Auxílio Alimentação para os funcionários que recebem acima de cinco salários mínimos.
No entanto, mesmo servidores concursados com vencimentos abaixo deste limite ainda não receberam o benefício, que foi instituído por decreto na gestão do ex-prefeito Fabiano Horta. Essa retirada pode representar um retrocesso, especialmente considerando os avanços recentes, como a aprovação do plano de cargos e carreiras para os servidores da educação e o reajuste progressivo acima da inflação nos últimos anos.
Manifestação do sindicato e da classe
No dia 6 de janeiro, o Sineduc (Sindicato dos Profissionais em Educação de Maricá) publicou uma nota manifestando preocupação com a declaração do prefeito e seu impacto nos trabalhadores. Segundo o sindicato, o auxílio alimentação está garantido no Estatuto dos Servidores Públicos e é uma pauta prioritária. O Sineduc informou que solicitará uma audiência urgente com o prefeito para tratar não apenas desse tema, mas de outras reivindicações dos educadores.
Paralelamente, o vereador Hadesh, conhecido pelo apoio recebido de profissionais da educação, vem enfrentando cobranças públicas em suas redes sociais. Um dos seguidores questionou: “Agora é só andar para trás? Não haverá luta pelos interesses da classe?”
Resposta da Prefeitura
Procurada pelo Maricá Info, a Prefeitura de Maricá afirmou, por meio da Secretaria Executiva de Gestão de Governo, que está realizando estudos para uma nova legislação, que irá readequar a concessão do Auxílio Alimentação aos servidores, incluindo os professores.
A retirada do benefício pode afetar principalmente os trabalhadores mais vulneráveis, gerando insatisfação e pressão sobre a gestão atual. O auxílio é visto como um suporte essencial para a categoria, especialmente no contexto econômico atual. Enquanto não há uma solução definitiva, a questão permanece como uma pauta central entre servidores e representantes sindicais.